A expressão popular: lavar às mãos, no sentido de fugir da responsabilidade ou quando se quer expressar que a pessoa nada tem a ver com o que possa acontecer com alguém, originou-se da passagem bíblica que relata a condenação de Jesus Cristo à morte de cruz. Após várias tentativas de inocentar Jesus, e vendo que nada adiantaria tentar mudar o rumo dos acontecimentos, pois o povo estava muito agitado e o tumulto crescia cada vez mais, Pilatos então lavou às mãos diante da multidão, dizendo: "Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos." Mateus cap. 27:24,25.
Pilatos lavou às mãos encerrando o julgamento de Jesus, usando a própria lei de Deus que se encontra no livro de Deuteronômio 21:1 a 9, pois, na época do antigo testamento, quando na terra se encontrava um homem morto, caído no campo e ninguém sabia quem o havia matado, os anciãos daquela cidade deveriam trazer uma novilha a um vale áspero, que nunca tinha sido lavrado nem semeado e ali, naquele vale, deveriam degolar a novilha; e os sacerdotes e os anciãos daquela cidade deveriam lavar às suas mãos sobre a novilha degolada, declarando a inocência sobre o sangue derramado.
Não existe crase em "lavar as mãos"
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